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Reconstrução mamária após o câncer: questão de identidade e plenitude

Dr. Juliano Pereira, cirurgião plástico / Divulgação

A campanha Outubro Rosa torna-se ainda mais valorosa diante da projeção divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Até o final deste ano, estimam-se 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil. Entre as mulheres diagnosticadas com a doença, 70% se submetem a mastectomia, seja ela parcial ou total. O procedimento consiste na remoção do tecido afetado pela neoplasia, bem como suas áreas circunjacentes. A quantidade de tecido a ser removido depende de vários fatores, como subtipo do tumor, seu grau de diferenciação e seu tamanho no momento da cirurgia.

Em tumores iniciais, menores ou mesmo in situ, pode-se realizar mastectomia parcial ou quadrantectomia. Nestes casos, muitas vezes é possível a reconstrução mamária com tecido próprio da paciente, ou com auxílio de prótese mamária, sem necessariamente termos que lançar mão de retalhos musculares ou à distância.

Em casos mais avançados, pode ser necessária a retirada de toda mama – mastectomia total – ou a retirada do tecido mamário de forma a poupar a pele – adenectomia. Nestes casos, indica-se reconstrução mamária com técnicas cirúrgicas mais avançadas.

Seja qual for o caso, a reconstrução de mama, com os vários recursos disponíveis em cirurgia plástica, representa para as mulheres uma possibilidade de reabilitação física, emocional e social. E a chance de viver plenamente.

De acordo com o levantamento mais recente do Ministério da Saúde, em 2021 o Brasil realizou 37.226 mastectomias e 24.021 cirurgias plásticas para reconstrução mamária nos hospitais habilitados no SUS (Sistema Único de Saúde). A cirurgia reparadora após a retirada total ou parcial da mama é assegurada por lei federal, que vigora desde 1999, e determina a realização do procedimento pelo SUS. Os planos de saúde, da mesma forma, são obrigados pela Agência Nacional de Saúde (ANS) a oferecerem tal cobertura. Vale lembrar que tanto a reconstrução da mama afetada, quanto a cirurgia da mama sadia para simetrização de ambas, são asseguradas pelos mesmos órgãos.

Para as mulheres que estoicamente enfrentam os tratamentos de câncer de mama, a cirurgia plástica dispõe de recursos cada vez mais aprimorados que permitem a reconstrução do órgão. Os procedimentos podem ser feitos imediatamente após a retirada do tumor ou da mama, no mesmo tempo cirúrgico, sendo esta a opção mais desejada por médicos e pacientes. Entretanto, em algumas situações, a reconstrução não pode ser realizada em mesmo tempo, sendo realizada mais tarde, após a reabilitação da paciente.

Como vimos, a reconstrução mamária aumenta o seu grau de complexidade, a depender da quantidade de tecido retirado. Por exemplo, em tumores pequenos, diminutos, dependendo da gravidade, é possível fazer reconstruções mamárias com o próprio tecido da paciente. As mamas ficam um pouco menores, mas mais projetadas e com cicatriz parecida com a de uma mastopexia estética. Lembramos, já neste momento, que é possível também realizar a simetrização, ou seja, adequar o volume da mama contralateral ao volume atual da mama reconstruída.

Em casos mais complexos, pode haver a necessidade de reconstrução mamária com utilização de retalhos musculares locais, como músculo peitoral maior, peitoral menor, serrátil anterior, bem como o reto abdominal. Esta reconstrução muitas vezes requer a utilização de prótese mamária, com cobertura muscular da mesma, simulando um aumento volumétrico da mama já retirada.

Nas situações em que há uma perda maior de pele, ou mesmo quando há a retirada de parte dos músculos torácicos pela invasão da doença, faz-se necessária a utilização de retalho de outra parte do corpo apara cobertura adequada. Podemos, nestes casos, usar o retalho do músculo grande dorsal, que é rodado para a parte anterior da paciente, promovendo a cobertura adequada da área a ser reconstruída. Outro retalho de rotação e pediculado é o retalho de músculo reto abdominal, em que se rodam pele, tecido celular subcutâneo e o próprio músculo para cobertura da mesma forma.

Em casos selecionados, quando não é possível a utilização dos retalhos pediculados, ou mesmo por opção do cirurgião, pode-se a aplicar a técnica de retalho microcirúrgico. Este é confeccionado ao seccionarem-se os vasos de músculos à distância e anastomosá-los aos vasos locais de irrigação da mama e do tórax. Desta forma, cobre-se bem a área afetada.

Em todas as técnicas de retalhos musculares, é indicada a reconstrução de sua área doadora, seja na técnica microcirúrgica, seja na técnica pediculada.

Mesmo em uma cirurgia de reconstrução mamária, o cirurgião plástico sempre busca o aspecto estético. E em cirurgias estéticas muitas vezes também se promove uma ação reparadora. Mas cabe relembrar que há limitações técnicas e também de resultados estéticos, uma vez esta é uma cirurgia reconstrutiva e reparadora com resultados mais difíceis e complexos. Fatores locais e mesmo o tratamento do câncer com medicações e radioterapia, podem influenciar na cicatrização e na recuperação do tecido reconstruído. A prioridade sempre é o tratamento da doença, mas o especialista também considera o resgate da autoestima!

Como em qualquer procedimento, a reconstrução mamária requer exames, cuidados e avaliações no pré-operatório, sempre acompanhados por um especialista participante Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e/ou da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). A recuperação da paciente, com os recursos avançados oferecidos pela cirurgia plástica, é mais rápida e mais segura.

Entre as pacientes submetidas à mastectomia, a retirada da mama é comparável à perda de um órgão do corpo, ou mesmo uma mutilação, que neste caso as identifica culturalmente como mulheres. O viés da autoestima contempla um condicionante de existência, que é viver com saúde e plenitude.

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